A voz passiva formada com essere + particípio passato corresponde no presente e no imperfeito a um estado passivo e em geral seria traduzida com o ser. (Em outras palavras. A voz passiva nunca é formada com stare, o que formalmente corresponde a estar em português, e por isso a distinção feita em português, voz passiva de processo com ser e voz passiva de estado com estar, não é feita em italiano).
exemplo
Io sono eletto.
Eu estou eleito. (não: Eu sou escolhido.)
Io ero eletto.
Eu estava escolhido. (não: Eu era escolhido.)
Se você quiser descrever um processo no momento do desenvolvimento você tem que construir com venire + particípio.
exemplo
Io vengo eletto.
Eu sou o escolhido. (não: Eu estou escolhido.)
Io venni / venivo eletto.
Eu fui escolhido. (não: Eu estive escolhido.)
Como estes exemplos mostram, no presente e no imperfeito, não se pode substituir essere por venire e venire por essere. "Io sono eletto" e "Io ero eletto" seria a descrição de um estado, não de um processo. "Io vengo eletto" e "Io venni eletto" é a descrição de um processo, não de um estado.
Esta concorrência só existe no presente e no passato / remoto imperfetto. No passato prossimo e trapassato prossimo NÃO é possível formar a voz passiva com venire.
exemplo
correcto: Io sono stato /a eletto /a.
Eu fui / estive escolhido.
impossível: Io sono venuto eletto.
correcto: Io ero stato /a eletto /a.
Eu tinha sido / estado eleito(a).
impossível: Io ero venuto eletto.
A diferença entre uma voz passiva de proceso e uma voz passiva de estado é enorme. Se você for convidado para o aniversário da sua avó e o bolo já estiver comido, é muito sério, porque não sobra nada para você. Se se está comendo o bolo, é muito melhor. Neste caso, há uma possibilidade de que ainda haja algo para você.
exemplo
O bolo está comido. <=> La torta è mangiata.
Está-se a comer o bolo. <=> La torta viene mangiata.