Já sabemos que o gerúndio, em geral, não tem tema próprio, mas assume o tema do verbo finito. Há algumas excepções a esta regra.
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1) |
Expressões como "parlando sul serio" (falando em sério), "vedendolo cosi" (vendo-o assim), etc... que manifestam o ponto de vista pessoal de alguém, têm o seu próprio sujetio. Mesmo que este tipo de construção seja substituído por um passivo reflexivo ou pronome indefinido, o sujeito é sempre a pessoa que fala. |
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2) |
Se a acção descrita pelo gerúndio não tem sujeito propriamente dito (chove, neva, etc...) o gerúndio também pode ser utilizado, embora, por razões óbvias, o verbo finito tenha um sujeito diferente. Em frases como "Piovendo cosí, nessuno ha voglia di uscire" (Com esta chuva ninguém tem vontade de sair) não pode haver ambiguidade, o sujeito do verbo finito não pode ser o sujeito do gerúndio. A ninguém passaria pela cabeça de assumir que o executor da acção fosse outro que um sujeito abstracto. |
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3) |
Existe uma controvérsia sobre os gerúndios, cujos sujeitos são o complemento directo/indirecto da frase principal ( vi-a fazendo a sua mala). Se este tipo de construção é ou não correcto do ponto de vista da gramática normativa não é tão importante como o facto que construções deste tipo estarem em uso e que milhares de exemplos podem ser encontrados em Google. Faz pouco sentido explicar a um italiano que uma determinada construção é incorrecta, quando o que é realmente importante é compreender e ser compreendido; e isso implica que a realidade seja aceite. |
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4) |
Além disso, no Google você pode-se encontrar construções em que o sujeito simplesmente vai atrás do gerúndio (quando ele estava doente, eu saí sozinho). |