13 Formas infinitas do verbo

Chamamos formas infinitas todas aquelas formas que são indeterminadas no que diz respeito à pessoa, ao modo (indicativo / subjuntivo) ou ao tempo. Infinito são o gerúndio, o infinitivo, o particípio presente e (embora em menor grau) o particípio perfeito. Se não for muito claro do que estamos a falar, um exemplo:

a) Comeu
b) Comer

Ambas as formas se referem à mesma acção, comendo, contudo a) contém muito mais informação do que b). Em a) sabemos que apenas uma pessoa (homem / mulher) realizou uma acção no passado. Esta forma é, por conseguinte, determinada. Em b) não sabemos nada, nem quem realizou esta acção, nem quando.

Se a única coisa interessante que se pode dizer sobre as formas infinitas fosse o facto de serem indeterminadas, não as mencionaríamos aqui e, sobretudo, não lhes dedicaríamos um capítulo inteiro. Dedicamos-lhes um capítulo inteiro porque são estruturas muito poderosas, com as quais se pode reduzir o número de sentenças subordinadas. Se alguma vez comparou o tamanho da versão alemã de um romance, digamos Guerra e Paz de Tolstoi, com a versão portuguêsa, notou que a versão portuguêsa é muito mais fina. Isto deve-se às formas infinitas. Vamos comparar estas duas frases.

a) Tendo feito o seu trabalho, foi-se embora.
b) Depois que tinha feito o seu trabalho, partiu.

A construção a) é mais curta do que b). Este é o primeiro ponto. O segundo ponto para o qual dedicámos um capítulo inteiro a estas estruturas é o facto de serem complicadas. Não vamos fazer aqui um resumo completo de todos os problemas que existem, falaremos sobre isso mais tarde, bastarão alguns exemplos.

Sabendo que ele não está em casa, eles entraram.

O gerúndio é muito frequentemente ambíguo. Esta frase pode ser entendida de duas formas diferentes.

Como sabiam que ele não estava em casa, entraram.
Mesmo sabendo que ele não estava em casa, entraram.

O gerúndio não revela a relação entre os acontecimentos narrados pelo gerúndio e os acontecimentos narrados pelo verbo finito. Se uma frase subordinada for substituída por um infinitivo, deve ser precedida de uma preposição que revele esta relação.

Infinitivo: Depois de ler o livro, eu sabia mais.
gerúndio: Tendo lido o livro, eu sabia mais.

Veremos também nos próximos capítulos quando uma frase subordinada pode ser abreviada tanto com o infinitivo como com o gerúndio e quando isso não é possível.




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